segunda-feira, 13 de abril de 2009

Família adere ao trabalho 24 horas por dia




Crise, desemprego e falta de dinheiro. Enquanto o mundo sofre com o colapso das finanças dos Estados Unidos, os brasileiros dão um “jeitinho” para burlar a baixa na economia mundial e apelam para o trabalho com rotinas sem hora para começar ou terminar. É o caso do caminhoneiro Cleber Antônio de Miranda com mais de 30 anos a frente do volante de inúmeros veículos.

O motorista faz carretos informalmente 24 horas do seu dia em sua Kombi e com um caminhão de um amigo e não se importa em perder suas noites de sono por causa de um trabalho. “Eu já peguei uma carga às 22 horas para levar à Ipatinga, voltei pra casa e peguei outra encomenda as 5 horas da manhã com destino a Congonhas”, conta o caminhoneiro que mora em Belo Horizonte. Cleber Miranda, no entanto, disse que essa rotina era ainda mais corrida na época em que tinha carteira assinada. “Quando eu trabalhava para uma empresa dirigia mais de 48 horas direto pelas estradas”. Segundo ele, o que faz é muito arriscado mais bastante proveitoso. “Eu adoro viajar e meu corpo já acostumou a ficar dias sem dormir”, conta.


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Cleber também trabalhou como taxista. “Eu preferia a noite por ter um número menor de carros nas ruas e por transportar passageiros que faziam viagens maiores”, relata.

Fugindo da informalidade do pai, Cleber Miranda Jr exerce um cargo de logística para um grupo de Laboratórios e trabalha oito horas por dia. Entretanto, sua profissão o obriga a carregar um rádio comunicador depois do expediente para ser contactado, caso necessário, o que deixa sua esposa, Elloiza Oliveira furiosa. “É horrível quando viajamos aos finais de semana e aquele aparelho toca às quatro da manhã e precisamos voltar”. Já Cleber Jr se acostumou com a profissão e diz adorar o que faz, mas gostaria de ter um pouco mais de liberdade. “Gosto muito da minha emprega, no entanto, sou o único elo da nossa cede em Belo Horizonte com os demais estados brasileiros”.

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