segunda-feira, 27 de abril de 2009

Twitter: A nova sensação da Internet


Simples, curto e com muitas utilidades, assim se resume o microblog Twitter, a febre do momento entre os internautas.

O informativo foi criado em 2006 pela empresa Odeo Inc, em San Francisco, com o propósito de recuperar a instituição que estava sofrendo com a concorrência de marcas como a Apple. A princípio, o nicho era um serviço que utilizava SMS (mensagens curtas por celular) para avisar o grupo de amigos do que estava fazendo. Imaginando o futuro do site, a primeira frase foi postada foi: “Ah isso vai ser viciante” e realmente parece que @Jack, um dos fundadores do universo do Twitter, estava certo. Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope Nielsen Online, entre fevereiro e março desse ano o microblog teve um aumento de 96,8% no Brasil, o que representa um crescimento de 344 mil para 677 mil usuários. Já no mundo, o informativo tem 6 milhões de usuários e perde apenas para o MySpace e Facebook em crescimento.

Mas como um simples meio de informação de tornou tão popular? O Twitter conseguiu revolucionar o modo de escrita limitando os twitteiros (como são chamados os participantes) a 144 caracteres. No entanto, não pense que isso deixa os conteúdos do microblog limitado e sem conteúdo. O escritor Cláudio Soares reescreveu a obra sobre a vida de Santos Dumont contida num livro de 464 páginas para o formato do informativo. Incrível, mas possível no mundo contemporâneo em que o tempo é precioso e as pessoas precisam correr para se manterem atualizadas e informadas.

Atualmente, o Twitter se aprimora e se tornou uma ferramenta para propaganda de eventos e também como uma arma de defesa do consumidor. Com o informativo eletrônico, o internauta pode se queixar de um serviço de restaurante, por exemplo, enviando mensagens para seus follower (termo referente aos seguidores de determinadas pessoas no microblog). Assim, todos os usuários ligados à pessoa receberam a informação e o estabelecimento pode sofrer queda de clientes que estaram receosos sobre a qualidade do trabalho daquele restaurante. Caso ocorre algum acidente em determinada via importante da cidade, imediatamente os twitteros podem saber do tamanho do engarrafamento e evitar o local. Desse modo, o slogan dos criadores se tornou “Podemos mudar o mundo com cento e quarenta caracteres”.

A foto do jornalista e apresentador Marcelo Tas estampou o caderno de negócios do jornal Wall Street Journal, em 19 de março, por ter assinado um patrocínio com uma empresa telefônica espanhola. O jornalista, um dos mais populares twitteiros do Brasil, precisava divulgar a instituição, assim envia mensagens aos seus follower elogiando a multinacional.

Com o Twitter, o internauta também pode enviar mensagens via SMS, ler notícias (como na BBCBrasil), comentar sobre assuntos do cotidiano, acessar o Orkut e indicar endereços eletrônicos com vídeos e matérias. Clique aqui e saiba quem tem mais seguidores o Twitter.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Família adere ao trabalho 24 horas por dia




Crise, desemprego e falta de dinheiro. Enquanto o mundo sofre com o colapso das finanças dos Estados Unidos, os brasileiros dão um “jeitinho” para burlar a baixa na economia mundial e apelam para o trabalho com rotinas sem hora para começar ou terminar. É o caso do caminhoneiro Cleber Antônio de Miranda com mais de 30 anos a frente do volante de inúmeros veículos.

O motorista faz carretos informalmente 24 horas do seu dia em sua Kombi e com um caminhão de um amigo e não se importa em perder suas noites de sono por causa de um trabalho. “Eu já peguei uma carga às 22 horas para levar à Ipatinga, voltei pra casa e peguei outra encomenda as 5 horas da manhã com destino a Congonhas”, conta o caminhoneiro que mora em Belo Horizonte. Cleber Miranda, no entanto, disse que essa rotina era ainda mais corrida na época em que tinha carteira assinada. “Quando eu trabalhava para uma empresa dirigia mais de 48 horas direto pelas estradas”. Segundo ele, o que faz é muito arriscado mais bastante proveitoso. “Eu adoro viajar e meu corpo já acostumou a ficar dias sem dormir”, conta.


Saiba mais sobre a vida dos caminhoneiros aqui.
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Cleber também trabalhou como taxista. “Eu preferia a noite por ter um número menor de carros nas ruas e por transportar passageiros que faziam viagens maiores”, relata.

Fugindo da informalidade do pai, Cleber Miranda Jr exerce um cargo de logística para um grupo de Laboratórios e trabalha oito horas por dia. Entretanto, sua profissão o obriga a carregar um rádio comunicador depois do expediente para ser contactado, caso necessário, o que deixa sua esposa, Elloiza Oliveira furiosa. “É horrível quando viajamos aos finais de semana e aquele aparelho toca às quatro da manhã e precisamos voltar”. Já Cleber Jr se acostumou com a profissão e diz adorar o que faz, mas gostaria de ter um pouco mais de liberdade. “Gosto muito da minha emprega, no entanto, sou o único elo da nossa cede em Belo Horizonte com os demais estados brasileiros”.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Novas regras ortográficas


Como dizem os poetas contemporâneos: “Não trema na lingüiça e não senta na jibóia”, assim se dá um exercício para lembrar algumas das novas regras ortográficas estipuladas nos países de língua portuguesa.

Com intuído de unificar a escrita, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe se preparam para as novas mudanças. As regras foram analisadas para que todos os países de língua portuguesa tivessem a mesma escrita para economizar em traduções de livros e documentos oficiais. Entretanto, as mudanças visaram apenas a escrita e não afetou em nada as pronuncias das palavras.

Dentre as mudanças estipuladas estão: o acréscimo de três novas letras no alfabeto (k,w,y), o fim do trema, a retirada do acento agudo de palavrasparoxítonas com ditongos “ei” e “oi” (assembleia, heroico). Também haverá o fim do acento em “i” e “u” que formam hiato (boiuna, feiura). Palavras com “oo” e “ee” perdem o acento circunflexo (veem, leem).

Já para a professora de língua portuguesa, Tailze Melo, em palestra na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte no dia 25 de março, todas essas regras são de fáceis memorizações, no entanto, será difícil lembrar as mudanças que diz respeito ao hífen. “Muitas pessoas pensam que ocorreu o fim do tracinho, mas existem regras que ele continua”, conta a professora. Nas regras do hífen, ele entrará em que prefixos terminados com uma vogal e começado com a mesma vogal (anti-ibérico, micro-ondas). Já em prefixos terminados em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s” as letras dobraram e é retirado o hífen (antessala, antirrgas).

Para a mestra, o Brasil será um dos países que menos sofrerá com as novas regras. “Teremos que nos adaptar a pouquíssimas palavras num total de 0,5% ao contrário de Portugal que, apesar de ser a pátria mãe da língua portuguesa , terá de se adequar a quase 2% de sua ortografia”.

A última reforma na gramática no Brasil ocorreu no início da década de 1970 e colocou fim a muitos acentos. “Em comparação com as mudanças que vimos no século passado, essa é a que mesmo haverá modificações e também será a melhor para os brasileiros e outros povos de língua portuguesa”, conta Tailze Melo a respeito das novas regras ortográficas.

O Brasil foi o primeiro país a adotar oficialmente a nova grafia, no entanto, a antiga forma valerá até o fim de 2011.